2021 foi um ano de retomada para os mais diversos setores da sociedade. E por se tratar de um retorno, contou com uma série de situações que tiveram forte impacto na vida das pessoas.
O custo da energia elétrica teve, sem dúvidas, um dos mais significativos aumentos dos últimos tempos. E o reflexo disso é a dificuldade ainda não superada de famílias e até mesmo empresas contornarem de forma positiva essa situação.
Diante disso, fontes de energia alternativas ganham mais espaço. A energia solar passa a ser mais valorizada por conta da economia gerada e também por ir ao encontro de uma proposta de sustentabilidade. Por isso, acompanhe o presente artigo e fique por dentro do cenário e de algumas previsões sobre este setor para 2022.
Energia elétrica: cenário, consumo e perspectivas
Atualmente, o Brasil enfrenta a maior crise hídrica dos últimos 90 anos. E com isso, o fornecimento de energia está sendo completamente afetado pela seca. O próprio risco de apagões não foi descartado pelo Governo Federal.
As tradicionais e exploradas usinas hidrelétricas vêm operando muito abaixo do ideal. E isso é refletido no desempenho das indústrias, que se obrigam a paralisar suas atividades em horário de pico, por conta das altas taxas, e também a sociedade em geral, que é impactada com este repasse de custos inevitável.
Em outubro, um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o preço da energia elétrica no Brasil já acumulava alta de 24,97% neste ano. E os dados não apontam melhora.
A perspectiva da Aneel é que a conta de luz suba, para o consumidor final, cerca de 21% em 2022 por conta da crise hídrica, uma alta que vai turbinar ainda mais a inflação e comprometer bastante a renda do trabalhador.
A energia solar hoje
Assim, com base nos dados noticiados, o cenário exige outros meios de geração de energia. E com isso, energias ou fontes de energia alternativas, limpas e que não se esgotem se destacam. O que é o caso da energia solar.
Sua distribuição de sistemas tem crescido exponencialmente no mundo nos últimos anos. Segundo a IEA (International Energy Agency), o uso de energia solar poderá chegar a 30% em 2022 em países com maior capacidade instalada de geração, como a China, Alemanha, Japão e EUA. Aqueles que não possuem essa capacidade, ainda assim, apresentam a demanda de eletricidade por meio do sistema solar, como Itália, Grécia e Alemanha.
No Brasil, o cenário também se mostra próspero. No ano passado, o País entrou para o grupo das 20 nações líderes em capacidade instalada de energia solar no mundo. Sua produção já se aproxima dos seis mil megawatts. Todavia, a fonte solar representa menos de 2% da matriz energética, conforme aponta a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Previsões sobre a energia solar em 2022
De acordo com informações do setor, o crescimento de microgeração de energia elétrica com fonte solar foi de 53%. Em relação à quantidade de energia gerada no total, o montante simboliza uma alta de 4.71 GW de janeiro para 7.3 GW no início de novembro.
De acordo com um estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), publicado recentemente, os dados do setor afirmam que, nos próximos 10 anos, a micro e a minigeração distribuída (MMGD) podem superar os 40 gigawatts (GW) no Brasil.
Energia solar: um diferencial limpo e acessível à maioria
O Brasil vem buscando cada vez mais diversificar a matriz energética para reduzir a dependência das hidrelétricas. Ademais, é de extrema importância destacar a necessidade de observar acordos internacionais para redução de emissão de gases poluentes também vai ao encontro da expansão da matriz elétrica renovável.
E com base nos cenários observados fora do Brasil, é possível apontar que nações com maior potencial de desenvolvimento em energia solar fotovoltaica dispõem de políticas de incentivo à tecnologia.
Diante disso, questões como fabricação, importação de equipamentos e modelos de regulamentação para a comercialização da energia elétrica gerada são as principais sugestões de implementação. Inclusive, empresas de projeto e instalação de painéis solares residenciais também estão surgindo cada vez mais no país.
E a busca por alternativas para economizar na conta de luz levou os consumidores a uma corrida em direção aos painéis solares nos últimos anos. Afinal, além de ser capaz de produzir eletricidade, a energia solar é, comparada a tantas, mais acessível e, por isso, até mesmo mais democrática.
Publicado em: 16/12/2021
